sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Fome nossa de cada dia II

Quando a gente tá com fome, a gente come, procura qualquer coisa pra enganar o estômago. E quando a gente tá com saudade? De um amigo, de um ex namorado, de uma prima ou mesmo de uma data? O que a gente faz?
ARRUMA DESCULPAS.
É muito mais fácil colocar a “culpa” na correria do dia a dia, na loucura do mundo globalizado, nos dias que ficaram muito mais curtos, nas semanas que passam muito rápido, nos meses que voam e nos anos que não vemos passar, quando na verdade, a gente se acomoda.
A gente esquece.... “Ah, depois eu ligo....”Ah, fulano tá bem, porque ?? Notícia ruim chega logo.” (ai q horror) ; aí vemos que, apesar dos muitos amigos virtuais da vida moderna, estamos sozinhos. Porque tem coisas q a gente só consegue conversar com aquela pessoa. Só quer dividir com alguém que você sabe que vai te entender e mesmo que seja totalmente contra, vai te falar isso na cara e você vai achar lindo. Porque ela pode. Ela te conhece mais do que ninguém. Mas.... ela anda muito ocupada. E porque não dizer, talvez a gente também.
Aí passa. Passa uma, duas, três vezes, um, dois, três assuntos sérios ou simplesmente banalidades e a gente se acostuma. De novo. Se acostuma a não contar mais. A guardar e a resolver, da forma que a intuição mandar, imaginando como seria diferente – ou não – se tivéssemos a cumplicidade daquela pessoa.
Aí a fome de saudade só aumenta.
A gente se acostuma com ela.
E um dia, la na frente, ela vai começar a doer incomodar. Mas aí, pode ser que seja tarde demais. (tarde demais talvez seja outra desculpa.... só será tarde, quando não houver vida, até lá, recomece, procure, perdoe, curta as pessoas que fizeram você rir ao menos uma vez na vida! Elas são aquelas que valem a pena, e que com certeza, alimentaram seu corpo com muita energia e luz!
É isso!
( a fome trouxe inspiração não só pra mim. Clau, minha irmãzinha queridíssima, colaborou nesse texto!!! Brigadinha tchu! LYFE.)

Fome nossa de cada dia...


Sumi, mas a fome me fez vir aqui hoje....
Comecei a fazer um regime essa semana, tudo em prol da minha entrada NÃO forçada num vestido .( Michele, culpa sua! Se eu não fosse madrinha do seu casório, nem ligaria de ir gordita!)
Aí que tudo mudou. Minhas refeições são menores. A gula é maior. A lombriga salta pelos olhos. E o humor é algo que oscila tanto quanto a vontade de São Pedro manter um clima bacana ultimamente.
Justo nessa semana, algumas coisas do passado voltaram à tona. E minha cabeça, um poço de confusão, ficou mais embananada ainda. E vi que eu tava sentindo uma fome. Não só a fome alimentar, mas a fome de sentimentos verdadeiros.
Eu ando com fome de verdade. Tô cansada das pessoas banais, fúteis, egocêntricas que só vivem pensando no seu mundinho, sem se importar se o outro tem um coração ou não, se o mundo vai ganhar algo ou não com determinada atitude...
Eu ando com fome de carinho. As pessoas, no corre corre da vida, esquecem dos amigos, da família... Falta aquela coisa sabe? “- Oi fulano, como você ta? Tô com saudade de você! Sei que você trabalha, tem família, filhos e tal, mas tô passando pra falar que eu tô vivo, caso veja uma foto e relembre das coisas boas que vivemos...”
Eu ando com fome de ambição. Vejo as pessoas, alguns amigos, na mesma vidinha de sempre, sem almejar nada melhor pra vida, julgando que já tem tudo. Meu, o mundo tá cheio de coisas boas, novas, porque não arriscar um novo curso? Um novo projeto? Descobrir uma nova vocação? Tá muito prático continuar na mesmice né? E ninguém pensa que começando novos projetos, você conhece novas pessoas, novos lugares, novos rumos... mudança. Eu tô com fome de mudança.
Eu também tô com fome de conhecimento. Viajar, novos lugares, novas culturas. Eu ainda irei viajar muito. Só me falta um pouco de tempo e mais t$mpo.
Ainda tem a fome de amor, que é uma fome nova pra mim. Já vivi um outro sentimento, que ainda não sei dizer exatamente qual é o nome, mas que não era amor,ah, não era. Era paixão. Era encantamento. Era fogo de palha. Era química, física, mecânica, astrologia.
O amor pra mim sempre foi uma incógnita. Ainda é. Mas a maturidade ou a vontade de viver isso está aparecendo. As vezes em forma de gula, uma vontade doida de conhecer alguém, amar, me jogar, ficar insana. Às vezes um arrependimento só de pensar em me privarem da liberdade. Sim, o amor nos priva de ir e vir, sem consultar a outra parte. A fome tá controlada. Mas a qualquer hora pode vir a se encantar por um alimento bonito ou não, carinhoso ou não, que more perto ou não, mas com certeza, ele estará presente ocupando o espaço vago com atitude e verdade.Ah, e AMOR, é claro!
Que todos consigam alimentar as fomes da vida!
Sejamos o chocolate da vida de alguém ou continue a alface em casos de regime sentimental!
Porque o AMOR é o alimento de todas as relações.
Né não?!